Homenagem a Olga Benário Prestes, minha mãe
Por ocasião do 80º
aniversário da sua extradição para a Alemanha nazista
Por Anita
Leocadia Prestes.
A
extradição de Olga
Com
apenas 16 anos de idade, Olga, nascida em 1908, numa família abastada de
Munique, Alemanha, saiu de casa para, junto com o jovem professor Otto Braun,
seu namorado e dirigente do Partido Comunista, e sob a influência do ambiente
revolucionário então existente em seu país, participar das lutas da juventude
trabalhadora no distrito “vermelho” de Neukölln em Berlim. Membro da
Juventude Comunista, devido à sua destacada atuação política, foi logo aceita
nas fileiras do Partido Comunista da Alemanha (PCA). Em 1928, tornou-se
conhecida pela decidida participação na libertação de Otto Braun, detido por
“alta traição à pátria” na prisão de Moabit. Ambos tiveram suas cabeças postas
a prêmio pelas autoridades policiais, sendo forçados a abandonar a pátria e
fugir para Moscou.
A partir desse momento, Olga iria se tornar
dirigente da Internacional Comunista da Juventude, com intensa atuação política
em diversos países europeus, como Inglaterra e França, em que chegou a ser
detida por curtos períodos. Ao mesmo tempo, submeteu-se em Moscou à formação
militar e procurou aprofundar seus conhecimentos de teoria marxista-leninista.
Era uma comunista convicta, disposta a fazer qualquer sacrifício na luta pela
revolução mundial. Do ponto de vista afetivo, terminara seu relacionamento com
Otto Braun.1
Militante provada na luta revolucionária e na
atividade clandestina do movimento comunista, no final de 1934, Olga foi
convidada por Dimitri Manuilsky, dirigente da Internacional Comunista (IC), a
cuidar da segurança de Luiz Carlos Prestes em seu regresso ao Brasil para
participar da luta antifascista então em curso. Recém-aceito
no PCB, o famoso Cavaleiro da Esperança teria que atuar na clandestinidade,
pois fora acusado de desertor do Exército e seria preso se chegasse legalmente
ao seu país. Olga aceitou sem vacilações e com entusiasmo a nova tarefa, pois
ouvira falar nos feitos da Marcha da Coluna Prestes e do seu comandante, que já
admirava, antes de conhecer pessoalmente.
Apresentados por Manuilsky às vésperas da
viagem, Prestes e Olga partiram clandestinamente de Moscou no dia 29 de
dezembro de 1934. Deixaram a União Soviética como Pedro Fernandez, espanhol e
Olga Sinek, estudante russa, disfarçados de casal endinheirado em viagem de lua
de mel. Após uma viagem de mais de três meses, plena de peripécias, chegaram ao
Rio de Janeiro em abril de 1935, onde fixaram residência. Durante a viagem, uma
profunda compreensão mútua os deixou apaixonados, e, assim, tornaram-se marido
e mulher de verdade.2
Prestes fora aclamado presidente de honra da
Aliança Nacional Libertadora (ANL)3 e, clandestino, mantinha contato com
antigos companheiros da Coluna, com o secretário-geral do PCB e com os membros
do Bureau Sul-americano da Internacional Comunista, então transferido para o
Rio de Janeiro.4A função de Olga era zelar pela segurança de Prestes,
viabilizando esses contatos de maneira a evitar sua localização pelos agentes
policiais. Olga comparecia junto com Prestes a reuniões políticas, mas não
interferia seja nas discussões seja nas decisões tomadas, pois essa atribuição
não lhe cabia.
A
convivência entre meus pais durou pouco mais de um ano, pois em março de 1936,
após a derrota dos levantes antifascistas de novembro de 1935, foram presos e
separados para nunca mais se verem.5 Com grandes interrupções se corresponderam
até o assassinato de Olga numa câmara de gás do campo de concentração de
Bernburg, em abril de 1942.6 Ao comentar essa correspondência, Robert Cohen,
seu editor na Alemanha, escreveu:
Desde seu
primeiro encontro em Moscou de Prestes e Olga até sua prisão no Rio se passaram
exatos um ano, três meses e vinte e dois dias. Pouco tempo, se diria. Mas qual
seria o tempo ideal para o amor? A importância de uma relação não se mede por
sua duração. Se quisermos saber alguma coisa sobre o amor entre duas pessoas,
não devemos indagar o que as pessoas fazem do amor, mas sim o que o amor faz
das pessoas. O que o amor fez de Olga Benario e Carlos Prestes descobrimos em
suas cartas.7
Olga, que
havia salvado a vida de Prestes no momento da prisão se interpondo entre ele e
os policiais, que tinham ordem para matá-lo, poucos dias depois, já na cela da
Casa de Detenção da capital da República, descobre que estava grávida. Pelas
leis então em vigor no Brasil, tinha direito a permanecer no país, pois iria
dar à luz um filho brasileiro. Entretanto, sua extradição para a Alemanha
nazista foi a maneira encontrada por Getúlio Vargas, então presidente do
Brasil, junto com Filinto Müller, seu chefe de polícia, para torturar Luiz
Carlos Prestes, cujo prestígio internacional desaconselhava que lhe fossem
infringidas torturas físicas, como aconteceu com grande parte dos prisioneiros
políticos da época. O advogado Heitor Lima impetrou habeas-corpus em favor de
Olga, recusado pelos juízes de Supremo Tribunal Federal.8
Tanto Olga quanto Prestes se negaram a
fornecer quaisquer informações aos delegados de polícia que os interrogaram.
Minha mãe se recusou a declinar seu verdadeiro nome e nacionalidade, declarando
chamar-se Maria Prestes, mas Filinto Müller, através do Itamarati, logo conseguiu
que a Gestapo, a polícia da Alemanha nazista, identificasse Olga Benario,
fichada desde os anos vinte por suas “atividades subversivas”. Olga negou-se,
inclusive, a assinar o passaporte que lhe foi concedido pelo consulado alemão
no Rio de Janeiro, segundo os trâmites burocráticos então vigentes para sua
extradição.9
No sétimo mês de gravidez, a 23/9/1936, minha
mãe foi embarcada à força rumo a Hamburgo (Alemanha) no navio cargueiro alemão La Coruña , cujo capitão
recebera ordens expressas das autoridades policiais para não parar em nenhum
outro porto europeu, pois havia precedentes dos estivadores e portuários da
Espanha e da França resgatarem prisioneiros políticos de embarcações que
aportaram nessas cidades. Junto com Olga era extraditada Elise Ewert, a esposa
do dirigente comunista alemão Arthur Ewert, ambos presos e barbaramente
torturados após os levantes antifascistas de novembro de 1935.10
Após quase um mês de viagem, em condições
extremamente penosas e em total isolamento até mesmo dos demais passageiros do
navio, no dia 18 de outubro, Olga e Elise foram desembarcadas em Hamburgo, com
intensa vigilância policial, sendo imediatamente conduzidas sob escolta para a
prisão feminina da rua Barminstrasse em Berlim.11 Na ocasião havia um aparato policial de
tais proporções que o advogado francês enviado a Hamburgo pelo Comitê Prestes,
com sede em Paris, que coordenava a campanha mundial pela libertação dos presos
políticos no Brasil e também de Olga e Elise,12 sequer conseguiu aproximar-se
do local ou obter alguma informação a respeito das duas prisioneiras.
Na
prisão, incomunicável, sem poder corresponder-se com a família, Olga sempre se
recusou a prestar qualquer declaração que pudesse incriminar os companheiros
tanto na Alemanha quanto no Brasil. O regime de extremado rigor a que estava
submetida era justificado pela Gestapo não tanto por Olga ser judia, mas
principalmente por ser considerada uma “comunista perigosa”, mulher do líder
comunista Luiz Carlos Prestes, e que, por isso, jamais deveria ser posta em
liberdade.13
A
27/11/1936, na enfermaria da prisão de Barminstrasse deu-se o meu nascimento. A
coragem e o extraordinário controle emocional de Olga permitiram que eu
nascesse forte e saudável. Mas, minha mãe sofreu complicações, que a forçaram a
permanecer internada nessa enfermaria durante um mês.14 Meu nome, Anita
Leocadia, foi escolhido por ela em homenagem a duas mulheres fortes – Anita
Garibaldi e Leocadia Prestes. Olga solicitou às autoridades carcerárias o envio
de telegrama por ela redigido a meu pai, preso no Brasil, e depois escreveu uma
carta em que lhe comunicava meu nascimento, mas as duas mensagens não foram
expedidas pela Gestapo.15 Meu nascimento permaneceu desconhecido da família e
do público durante vários meses, embora Olga tivesse tentado meu registro como
brasileira na embaixada do Brasil em Berlim, solicitação recusada tanto pela
Gestapo quanto pelo Itamarati.16
Desde que
se soube da extradição de Olga e Elise, as autoridades do III Reich, inclusive
o próprio Adolf Hitler, passaram a ser bombardeados com telegramas, cartas e
mensagens advindas de personalidades e organizações humanitárias de países
europeus e dos Estados Unidos, cobrando informações sobre as duas prisioneiras,
denunciando sua incomunicabilidade e exigindo sua libertação. Muitos desses
pronunciamentos foram publicados na imprensa da França, da Inglaterra e de
outros países.17
A
Campanha Prestes
Estava em
curso a Campanha Prestes, liderada por Leocadia Prestes, minha avó paterna.18
Logo após a prisão dos meus pais, em março de 1936, Leocadia, acompanhada por
Lygia, sua filha mais moça, deslocou-se de Moscou, onde desde 1931 vivia a
família, para Paris, que passou a ser a sede do Comitê Prestes, entidade
coordenadora da campanha mundial pela libertação dos presos políticos no
Brasil. Quando se soube da extradição de Olga e Elise, imediatamente a campanha
se estendeu às duas prisioneiras. Para Leocadia e Lygia surgia, então, a
preocupação de estabelecer contato com Olga e prestar-lhe toda assistência
possível, a ela e a criança que estava para nascer. Leocadia foi três vezes a
Berlim, acompanhada pela filha e por delegações de mulheres de países como a
Bélgica e a Inglaterra, sem jamais conseguir permissão para falar ou ver minha
mãe.19
Com meu
nascimento, a campanha alcançou maior repercussão; tratava-se agora de salvar a
vida de uma criança, pois a Gestapo havia comunicado à Olga que, assim que eu
fosse desmamada, seria dela separada e entregue a um orfanato nazista, onde as
crianças perdiam o nome e lhes era atribuído um número. A Cruz Vermelha
Internacional, sediada em Genebra, foi visitada por Leocadia e Lygia e, com a
sua ajuda, tornou-se possível saber do meu nascimento – quando já tinha três
meses de idade -, obter permissão para corresponder-se com Olga20 e enviar-lhe
dinheiro, alimentos e roupas. A cada duas semanas, Leocadia e Lygia lhe
remetiam via correio postal um pacote de vinte quilogramas, contendo alimentos
e outros artigos de que necessitava, o que permitiu à minha mãe continuar a
amamentar a filha. Com isso foi possível assegurar minha sobrevivência e, por
fim, minha libertação O esforço de Leocadia e Lygia foi decisivo para o sucesso
dessa batalha.21
Também
tiveram grande importância as gestões feitas pelo afamado jurista francês
François Drujon, que, sensibilizado pela causa da libertação de mãe e filha,
viajou à Alemanha para sondar a Gestapo e recebeu autorização para me ver no
pátio da prisão na hora do banho de sol. Drujon obteve a promessa das
autoridades alemãs de me entregar à avó paterna desde que lhes fosse
apresentado um documento oficial de paternidade de Prestes, pois, na ausência
de certidão de casamento dos meus pais, a Gestapo não reconhecia à Leocadia o
direito de reivindicar a guarda da neta.22 Quanto à Olga, não foi dada ao
advogado qualquer esperança de possível libertação, pois havia a determinação
expressa das autoridades alemãs de jamais consenti-lo.23
Empenhada
em meu resgate, Leocadia escreveu ao Dr. Heráclito Fontoura Sobral Pinto,
defensor ex-oficio de Prestes, solicitando sua ajuda para que as autoridades
policiais brasileiras permitissem que este assinasse na prisão declaração de
paternidade da filha. O esforço de Sobral Pinto foi decisivo para vencer
enormes resistências do Itamarati e do governo brasileiro e, uma vez alcançado
o registro em cartório da declaração do meu pai, realizar o seu reconhecimento,
tradução juramentada para o alemão e o envio para a Gestapo. Com razão o Dr.
Sobral, carinhosamente, se considerava meu segundo pai, pois com esse documento
tornou-se possível reconhecer legalmente o direito de Leocadia à guarda da
neta.24
Finalmente,
no dia 21 de janeiro de 1938, com catorze meses de idade, fui entregue pela
Gestapo à minha avó Leocadia e à tia Lygia, que, junto com o advogado Drujon,
foram me buscar na prisão, sem terem obtido, contudo, permissão para que Olga
as visse ou fosse ao menos informada do destino da filha. Em carta ao meu pai,
ela escreveu que o período de 5 de março de 1936 (dia da prisão de ambos) a 21
de janeiro de 1938 foi o mais terrível da sua vida.25
Leocadia
e Lygia, acompanhadas pelo advogado, viveram horas de grande tensão antes de
partirem de trem, no mesmo dia, para Paris. Seguidas e observadas o tempo todo
por agentes policiais disfarçados26, temiam que a criança lhes fosse tomada de
volta, pois do documento que lhes fora fornecido constava apenas o nome de
Anita Benario, inexistindo, portanto, qualquer prova de que me encontrava sob a
guarda da avó.
Minha
libertação das garras do nazismo resultou indiscutivelmente da influência e da
repercussão mundial da Campanha Prestes.27 Uma grande vitória da solidariedade
internacional, razão por que me considero filha da solidariedade internacional.
O
assassinato de Olga
Logo após
minha retirada da prisão, Olga foi transferida, em fevereiro de 193828, para o
campo de concentração de Lichtenburg, na localidade de Prettin. Era um castelo
da época da invasão de Napoleão que havia servido para abrigar suas tropas e
fora utilizado para o mesmo fim durante a Primeira Guerra Mundial. Para Olga as
condições de vida tornaram-se muito piores do que tinham sido em Barminstrasse:
frio, fome, castigos corporais e dificuldades maiores para comunicar-se com a
família.29
Em maio
de 1939, com a inauguração do campo de concentração de Ravensbrück, destinado
exclusivamente a mulheres, Olga foi transportada com uma leva de outras
prisioneiras para esse novo local, situado 80 quilômetros ao
norte de Berlim.30 Os horrores vividos por milhares de mulheres de diversos
países que passaram por esse campo estão descritos em livro publicado pela
jornalista inglesa Sarah Helm31.
Olga
manteve-se firme, corajosa e solidária com suas companheiras, segundo os
testemunhos existentes. Por mais de uma vez foi conduzida à sede da Gestapo em
Berlim para novos interrogatórios, durante os quais jamais se prestou a delatar
quem quer que fosse.32 Em diversas ocasiões, devido às suas atitudes de
rebeldia e defesa de companheiras mais fracas, foi severamente punida, mantida
na escuridão de um calabouço no próprio campo de Ravensbrück, com privação da
escassa ração destinada às prisioneiras, ou submetida a espancamentos e
castigos corporais.33 Durante vários meses, nos períodos em que se encontrava
no isolamento, sua correspondência com a família ficou interrompida.34
Até
setembro de 1939, quando teve início a Segunda Guerra, existiram esperanças de
Leocadia e Lygia, assim como de Olga, de obter sua libertação, pois algumas
prisioneiras o haviam conseguido. As gestões empreendidas por Leocadia e Lygia
junto ao governo do México, onde, desde outubro de 1938 minha avó, minha tia e
eu estávamos exiladas, levaram a que fosse concedido asilo politico nesse país
à minha mãe, condição exigida pela Gestapo para uma possível libertação.
Entretanto, a Guerra interrompeu as comunicações postais com a Europa e a
documentação remetida para a Alemanha voltou ao México.35 A partir de então,
qualquer perspectiva de liberação ficou excluída. Hoje sabemos que a Gestapo
vetara todas as possibilidades de libertação para Olga tendo em vista sua
recusa de prestar as informações que lhe eram exigidas sobre suas atividades
junto à Internacional Comunista. Olga declarava: “Se outros se tornaram
traidores, eu não o serei!”36
Tempos
ainda mais sombrios haviam chegado para Olga. Em Ravensbrück, junto com as
demais prisioneiras, ela era submetida a todo tipo de privações, assim como à
prática de trabalho escravo exaustivo, em condições extremamente penosas.
Considerada uma “comunista perigosa”, carregava também a pecha de judia,
destinada, portanto, a ser contemplada pelos planos nazistas da “solução
final”. Em abril de 1942, foi incluída numa leva de prisioneiras escolhidas
para serem assassinadas na câmara de gás do campo de concentração de Bernburg.
A última carta da minha mãe está datada de novembro de 1941,37 mas só tivemos
confirmação da sua morte após o término da Guerra, em julho de 1945.
O trágico
fim da minha mãe abalou profundamente toda nossa família. Para meu pai, foi uma
perda irreparável, que marcou o restante da sua vida. Muitos anos depois,
sempre que falava em Olga, ele revelava grande emoção. Por ocasião dos meus
aniversários, que muitas vezes passamos longe um do outro, meu pai me escrevia
recordando o martírio de Olga e o nosso compromisso de sermos dignos da sua
memória. Meu pai e eu sempre entendemos que Olga foi uma vítima do fascismo
entre milhares de outras e que seu martírio deve servir de exemplo para que não
permitamos que tais horrores se repitam.
NOTAS
1 Para
conhecer a vida de Olga, consultar sua biografia in Fernando Morais, Olga (São
Paulo, Alfa-Omega,1985).
2 Para
acompanhar os detalhes dessa viagem, ver Fernando Morais, Olga, cit., p. 63-65
e Anita Leocadia Prestes, Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro (São
Paulo, Boitempo, 2015). p. 159-162.
3 Ampla
frente democrática, criada no Brasil no início de 1935, com o objetivo de lutar
contra o fascismo, o integralismo, o imperialismo e o latifúndio. Ver Anita
Leocadia Prestes, Luiz Carlos Prestes e a Aliança Nacional Libertadora
(Petrópolis, Vozes, 1997).
4 Anita
Leocadia Prestes, Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro, cit., cap. VI e
VII.
5 Ibidem,
cap. VII.
6 Para a
correspondência entre Prestes e Olga, ver Anita Leocadia Prestes e Lygia Prestes (orgs,), Anos
tormentosos. Luiz Carlos Prestes: correspondência da prisão (1936-1945), v.3
(Rio de Janeiro, Aperj; São Paulo, Paz e Terra, 2002).
7 Robert Cohen (org.), Olga Benario, Luiz Carlos
Prestes – Die Unbeugsamen – Briefwechsel aus Gefängnis und KZ (Göttingen,
Wallstein, 2013), p. 18. Tradução
desse trecho por Victor Hugo Klagsbrunn.
8
Fernando Morais, Olga, cit., p. 197-199.
9 Ver Arquivo da Gestapo, in
http://www.germandocsinrussia.org/en/nodes/1-rossiysko-germanskiy-proekt-po-otsifrovke-trofeynyh-kollektsiy,
Collection of documents of German secret services 1912-1945. Russian State
Archive of Socio-Political History (RGASPI, Fond 458, Series 9), pasta 164, doc. 31-36.
10 Ver
Fernando Morais, Olga, cit. e Anita Leocadia Prestes, Luiz Carlos Prestes: um
comunista brasileiro, cit., cap. VII.
11 Ver
Arquivo da Gestapo, cit., pasta 164.
12 Ver
Anita Leocadia Prestes, Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro, cit.,
p.199.
13 Ver
Arquivo da Gestapo, cit., pasta 164.
14 As
condições carcerárias nessa prisão não podem ser comparadas ao horror dos
campos de concentração para onde Olga foi transferida mais tarde.
15 Ver
Arquivo da Gestapo, cit., “Telegrama de Olga para Prestes” (em francês),
28/11/1936, pasta 167, doc. 8 e “Carta de Olga para Prestes” (em francês),
17/12/1936, pasta 167, doc. 13-14.
16 Ver
Arquivo da Gestapo, cit., pasta 164, doc. 89, 90, 91.
17 Ver
Arquivo da Gestapo, cit., pasta 164, doc. 14, 17, 38, 49, 52, 83, 97-98, 126, 131, 132-33, 161, 196, 200, 206, 251, 300, 380.
18 Ver Anita
Leocadia Prestes, Campanha Prestes pela libertação dos presos políticos no
Brasil (1936-1945) (São Paulo, Expressão Popular, 2015).
19 Idem.
21 Ver
Anita Leocadia Prestes, Campanha Prestes pela libertação dos presos políticos
no Brasil (1936-1945), cit.
23 Ver
Arquivo da Gestapo, cit.
24 Ver
John W.F. Dulles, Sobral Pinto: a consciência do Brasil (Rio de Janeiro, Nova
Fronteira, 2001), p. 108-111; relato de Lygia Prestes à autora.
25 Ver
“Carta de Olga a Prestes”, 12/2/1938, in Anita Leocadia Prestes e Lygia Prestes
(orgs.), Anos tormentosos, cit., p.425.
26 Ver
Arquivo da Gestapo, cit., pasta 165, doc. 59, 60, 61, 62, 76, 77, 78, e relato
de Lygia Prestes à autora.
27 Ver
Anita Leocadia Prestes, A Campanha Prestes….,cit.
28
Arquivo da Gestapo, pasta 166, doc. 18; Anita Leocadia Prestes e Lygia Prestes
(orgs.), Anos tormentosos…., cit., p. 428.
29 Ver
Sarah Helm, Se isto é uma mulher (Lisboa, Ed. Presença, 2015), p. 38-40; Anita
Leocadia Prestes e Lygia Prestes (orgs.), Anos tormentosos…, cit., cartas de
Olga para Prestes.
30 Ver
Sarah Helm, Se isto é uma mulher, cit., p. 23, 38, 45.
31 Sarah
Helm, Se isto é uma mulher, cit.
32
Arquivo da Gestapo, cit., pasta 163, doc. 124 a 139.
33 Ver
Fernando Morais, Olga, cit.; Sarah Helm, Se isto é uma mulher, cit.
34 Ver
Sarah Helm, Se isto é uma mulher, cit.; Anita Leocadia Prestes e Lygia Prestes
(org.), Anos tormentosos…, cit.
35
Arquivo particular da autora.
36
Arquivo da Gestapo, cit., pasta 166, doc. 50, 57, 59-60; pasta 163, doc. 204 a 205, 212 a 213
37 Anita
Leocadia Prestes e Lygia Prestes (orgs.), Anos tormentosos…, cit. p. 461-463;
Fernando Morais, Olga, cit., p.282-283.
***
***
Anita
Leocadia Prestes, nascida em 27 de novembro de 1936 no Campo de Concentração de
Barnimstrasse na Alemanha Nazista, Anita Leocádia Benário Prestes é uma
historiadora brasileira, filha dos militantes comunistas Olga Benário Prestes e
Luís Carlos Prestes. É doutora em História Social pela Universidade Federal
Fluminense, professora do Programa de Pós-graduação em História Comparada
de UFRJ e presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes. Autora da ambiciosa
biografia política Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro (Boitempo,
2015). Assina o artigo “Luiz Carlos Prestes e a luta pela democratização da
vida nacional após a anistia de 1979”
publicado no livro Ditadura: o que resta da transição? (Boitempo, 2014), organizado
por Milton Pinheiro.
OLGA - https://t.co/t1kp2W0Ew4 STF que concedeu extradição de Olga... ”Lutei pelo Justo, pelo bom e pelo melhor do Mundo!”
ResponderExcluir