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O MONGE E O EXECUTIVO

Vania Oliveira

O MONGE E O EXECUTIVO

 "O Monge e o Executivo" escrito por James Hunter, é um livro de auto-ajuda que se tornou rapidamente um fenômeno de vendas pela maneira simples e direta de apresentar grandes ensinamentos sobre liderança que podem ser utilizados tanto na vida pessoal,quanto profissional do leitor, propondo uma considerável mudança na  maneira ver e ser líder.

Um modelo de liderança antigo e ao mesmo tempo atual, que se confunde com a vida real pela forma leve, agradável e realista de como é contada, é a essência da liderança servidora do livro “O Monge e o Executivo”. O autor explica através do personagem Leonard Hoffman, um ex-executivo de sucesso, ou simplesmente o monge Simeão, que as ideias não são suas e muito menos novas e trata de forma didática, o significado da palavra amor, tanto no plano espiritual cristão quanto no conceito.
Simeão inspira-se em Jesus Cristo, afirmando com veemência que Ele foi sem dúvida o maior líder de todos os tempos e que Dele vieram seus conhecimentos de liderança.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            
O livro de auto ajuda narra a história de John, um executivo bem sucedido e com uma família muito feliz que mudou gradativamente quando sua esposa Rachel diz que suas necessidades não estão sendo satisfeitas, apesar do status e do conforto proporcionado pela situação econômica de John, o que dificultou o seu relacionamento e aos poucos foi distanciando-os dos filhos.
 John treinava o time de uma pequena liga de beisebol que apesar das vitórias conquistadas no campo parecia estar contra ele, o que fez com que os pais dos jogadores fossem reclamar ao chefe da liga que seus filhos não se divertiam.
Na fábrica onde ele era bem remunerado como gerente-geral e gozava de autonomia, John teve uma grande surpresa ao ser questionado sobre sua liderança, após campanha feita pelos empregados através do sindicato reivindicando melhorias no trabalho. Foi aí onde os seus caminhos se cruzaram com os de Simeão, considerado uma lenda nos círculos empresariais por sua capacidade de liderar e motivar as pessoas e que coincidentemente era o mesmo nome que o perseguia desde o nascimento fazendo parecer que John tinha sido preparado ao longo de sua vida para participar do retiro em um mosteiro onde o seu pensamento sobre liderança foi totalmente modificado.
John explicou a Simeão que precisava de alguns conselhos, pois sua vida estava de cabeça para baixo e ele não entendia o por quê. John não acreditou no que acabara de falar, pois logo ele, um sabe-tudo pedir ajuda a alguém. O monge concorda em falar com ele, todos os dias, antes da cerimônia das cinco e meia da manhã, e promete ajudá-lo mais em suas aulas que seriam todos os dias sobre liderança. John aprendeu Coisas que antes não enxergava. Ele e seus colegas de curso, que eram mais cinco pessoas, aprenderam o verdadeiro conceito da palavra liderança, que era a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos identificados como sendo para o bem comum. Descobriu que para ter uma boa liderança era preciso saber liderar com autoridade e não com poder. Isso vale não só para a vida profissional, mas para a vida com a família, amigos, enfim, paro o social. Descobriram a importância dos relacionamentos. Aprendeu que tudo na vida gira em torno dos relacionamentos e para ele ser bem-sucedido, era preciso confiança, pois nada se constrói e se fortalece sem ela. Aprendeu que nossas vidas estão repletas de velhos paradigmas que nos impede de evoluir e que o progresso é fundamental tanto para as pessoas quanto para as organizações, e que na vida, nada permanece igual. Descobriu o verdadeiro significado de um líder: alguém que identifica e satisfaz as necessidades legítimas de seus liderados e remove todas as barreiras para que possam servir o cliente.
Simeão também fez uma diferenciação entre poder e autoridade:
Poder: é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. Autoridade: a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal.
Com base nesses dois tópicos Simeão fez um comparativo entre o velho paradigma e o novo paradigma:
Velho Paradigma
Novo Paradigma
Invencibilidade dos EUA
Concorrência global
Administração centralizada
Administração descentralizada
Japão: produtos de má qualidade
Japão: produtos de boa qualidade
Gerenciamento
Liderança
Eu penso
Causa e efeito
Apego a um modelo
Melhoria contínua
Lucro em curto prazo
Lucro a curto e longo prazos
Trabalho
Sócios
Evitar e temer mudanças
A mudança é uma constante
Está razoável
Defeito zero

Portanto aquele que quiser liderar com eficiência devem servir e não ser servido. O líder deve incentivar e dar condições para que as pessoas se tornem o melhor que podem ser. As pessoas possuem suas necessidades e com elas atendidas produzirão mais. É a lei da colheita: Colhemos o que plantamos, ou seja, hoje não precisamos mais de um super-gerente e sim de uma super-equipe, portanto disseminar o conhecimento dentro da organização e criar equipes fortes é o segredo para sobreviver nesse mercado competitivo.
É importante também, citar os nove tópicos vitais de amor e liderança mencionados por John e copiados de Jesus Cristo:
·         Paciência: Mostrar autocontrole
·         Bondade: Dar atenção, apreciação e incentivo
·         Humildade: Ser autêntico e sem pretensão ou arrogância
·         Respeito: Tratar os outros como pessoas importantes
·         Abnegação: Satisfazer as necessidades dos outros
·         Perdão: Desistir do ressentimento quando prejudicado
·         Honestidade: Ser livre de engano
·         Compromisso: Sustentar suas escolhas
·         Resultados: Serviço e Sacrifício: Pôr de lado suas vontades e necessidades; buscar o maior bem para os outros
Essa é a principal lição que o monge oferece e que vem do Novo Testamento: o "amor ágape", o verdadeiro significado de amar seu próximo. O amor tratado desta forma representa um comportamento, sob o qual você tem controle, nem sempre é possível controlar o sentimento em relação à outra pessoa, mas você pode decidir como se comportar em relação a ela. Na sua essência, o amor é algo que fazemos para os outros, e não somente o que sentimos.

E por fim, um conceito que é tratado logo no início da história: a liderança é uma escolha pessoal, um grande líder faz essa opção, com uma enorme parcela de sacrifício e dedicação. No ambiente corporativo, sempre há muita coisa em jogo, as pessoas contam com você e com a sua liderança. Se aceitarmos a liderança como uma habilidade, e não como um "dom" ou uma característica genética, esta liderança pode (e deve!) ser praticada, trabalhada e desenvolvida.

O caminho para a liderança passa pela autoridade, mas começa com as escolhas que fazemos a respeito de nosso comportamento. Um grande esforço será necessário para estabelecer influência, prestar atenção nas pessoas e, principalmente, muita disciplina para aprender e praticar comportamentos positivos, a recompensa vem da grande alegria em liderar com autoridade, servindo aos outros e satisfazendo suas necessidades legítimas. Amar, servir e doar-nos pelos outros nos força a crescer. Liderar é evoluir para a maturidade espiritual e psicológica.






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