Fui para um jantar da
igreja do dia das mães. A verdade é que sempre quando esse dia chega fico
assim., triste. Apesar de todas as emoções vivenciadas naquela noite,
continuava com aquele buraco enorme no meu coração; nada ali preenchia a
ausência que tanto me causava. Todas as pessoas que estavam presentes passavam
uma imagem de felicidade, pois era possível ver tamanha alegria estampada em
seus rostos, se é que tudo aquilo era verdadeiro. Eu continuava emburrada, com
raiva de mim mesma por ter fracassado. A vontade que eu tinha naquele exato
momento era, simplesmente, correr dali para bem longe possível; precisava de um
tempo, ficar comigo mesma, para refletir o porquê se foi.
Naquela noite, fui surpreendida por uma doce criança, que vinha em minha direção com algo atrás de suas mãos, sorria para mim, me abraçou e entregou uma rosa branca, que seguro em minhas mãos ao digitar esse texto. Posso sentir teu perfume sobre suas pétalas, sua cor remete a paz, aquela que necessito para continuar seguindo em frente nesta vida. Posso dizer que aquele pequeno presente que ganhei foi mandado por ti para alegrar minha alma e ter a consciência do quanto me amas e entende que se sofro é pelo fato de não consegui viver sem tua ausência.
Minhas lágrimas são
enxugadas pelas suas mãos delicadas e macias. Meus maus pensamentos são tirados
de mim de forma carinhosa, para que não atrapalhe os bons pensamentos que ainda
me restam. Aquelas palavras escritas naquele pequeno cartãozinho, no caule
daquela rosa, diziam as palavras mais confortáveis que um coração de mãe
machucado pudesse ler. Olhei cuidadosamente e lá estava escrito: Parabéns Mamãe.
Em minhas orações, peço
a Deus que continue intercedendo por mim, pois não aceito a perca que sofri e
sei do quanto isso pode lhe causar sofrimento de ambas as partes, mas
continuarei relembrando sempre de você, porque fostes e sempre será um dos
maiores presentes que ganhei nesta vida. Confesso que não passamos muito tempo
juntos, mas o amor que brotou entre nós continua florindo; ele foi suficiente
para me fazer pensar nos bons momentos que poderíamos ter vivenciado.
Não é fácil e não foi,
aceitar o dia em que partiu. Sentia vontade de arrancar dos braços das outras
mulheres seus filhos. Olhava com indignação as adolescentes, e pensava “puxa!
Tão novas e receberam esse dom. Porque elas ao invés de mim?”
Você se tornava
lembrança para mostrar, o quanto fui feliz em poucos instantes de minha vida e
não era assim que a dor passaria. Cada dia, sua presença em meus sonhos se
tornavam frequentes, te amamentei, senti seu corpo em meus braços, escutei seu
choro, mas quando estávamos sempre próximos eu sempre acordava. Caia em
prantos, por não entender que havia partido muito tempo, e que havia deixado
apenas as lembranças de uma vida idealizada por mim.
Ah, Rosa branca! Que
sua cor invada meu coração, que seu cheiro permaneça por muito tempo em meus
passos, que teus espinhos apenas sirvam para que nunca eu esqueça dos
obstáculos que devo enfrentar em busca de minha felicidade.
Por. Fabrícia França
Estudante
de comunicação social (jornalismo) Escreve crônicas, artigos e poesias
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